Voltei, e hoje falarei sobre meu
tratamento. Quando recebi o diagnóstico, meu mastologista me encaminhou para o
ambulatório do Amaral Carvalho, aqui na cidade. As meninas nos receberam muito
bem e falaram que agendariam no Amaral Carvalho em Jaú.
Passaram poucos dias e já estava
agendada a minha ida a Jaú. Chegando lá, tinha consulta agendada com um mastologista.
Levei todos os meus exames, e, enquanto aguardava, tive meus momentos de tensão em saber o que
falariam.
O mastologista que fui aqui na
cidade, de certa forma, já havia me adiantado o provável tratamento. E os
doutores em Jaú falaram exatamente o que
ele havia me adiantado, mastectomia e quimios. Me explicaram que é começo, que
nas estatísticas as chances de cura são imensas, e enfim, como diz meu marido:
Das noticias ruins, a gente recebeu as menos piores! Como seria feita a cirurgia, me
pediram mais dois exames pré operatório: Cintilografia óssea, que é mega
tranquilo de fazer e a mamografia, vou ter que falar, as mulheres tem um pouco
de medo de fazer, pois, algumas comentam que sentem um desconforto na realização
do exame. Posso assegurar que é muito tranquilo, não senti desconforto no
procedimento na mama que está ok (kkkk). Na mama que tem os nódulos, senti um
desconforto, suportável é claro, falei uns “au”, “oxi”, mas confesso, não
conseguia parar de pensar na seguinte situação... Sabe quando alguém está
saindo de uma loja, e “pagam” aquele mico terrível de bater o rosto na porta de
vidro por estarem distraídas? . Para quem vê de fora, o rosto foi esmagado no
vidro, fica a marca da testa, do nariz no vidro (kkkkk). Pois bem, já vi isso acontecer várias vezes, trabalhei
em loja que tinha as tais portas de vidro... Então essa cena não saía da minha
cabeça, pois, achei que é meio parecido o que o tal aparelho faz na mama. Saí
rindo de dentro da sala de exames.
Alguns dias depois, voltei para
saber os resultados, e os doutores decidiram fazer uma inversão na ordem dos procedimentos baseado no
resultado da mamografia. Não agravou minha situação, nem houve evolução no
quadro, apenas visualizaram que está muito perto da pele. E pela minha idade, por precisarem poupar o máximo de pele para a
reconstrução da mama, os médicos acharam
que seria melhor fazer 8 aplicações (quimioterapia) para depois ser feita a
minha cirurgia. Aqui para nós, amei essa inversão, era exatamente o que
esperava.
Inicio as aplicações no dia 20 de
maio. Será feita a cada 20 dias. Calculo, que se tudo correr bem, em novembro
estarei fazendo a cirurgia. Tem um prazo para ser feita, eles não fazem antes
de completar 20 dias da última quimio e não deixam passar 35 dias. Depois mais 25 sessões de radioterapia. Ufa,
quanta coisa, né... Mas, se é o que temos para hoje, simbora.
A minha quimio será a que cai o
cabelo. Se me perguntarem se estou preocupada com isso, a resposta será NÃO.
Usarei meu lenços, toucas e quando estiver bem “Animadona”, sairei careca. Não
vou deixar de ser “eu” por uma condição passageira na minha vida, meu cabelo,
vai nascer de novo, mas as atitudes que eu tiver hoje, determinarão o meu
futuro na luta contra minha condição.
Continuarei me arrumando,
maquiando, saindo, indo fazer as coisas que sempre fiz, vivendo cada dia da
melhor maneira possível.
Até o próximo post.
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