quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tratamento



Voltei, e hoje falarei sobre meu tratamento. Quando recebi o diagnóstico, meu mastologista me encaminhou para o ambulatório do Amaral Carvalho, aqui na cidade. As meninas nos receberam muito bem e falaram que agendariam no Amaral Carvalho em Jaú.
Passaram poucos dias e já estava agendada a minha ida a Jaú. Chegando lá, tinha consulta agendada com um mastologista. Levei todos os meus exames, e, enquanto aguardava,  tive meus momentos de tensão em saber o que falariam.
O mastologista que fui aqui na cidade, de certa forma, já havia me adiantado o provável tratamento. E os doutores em Jaú falaram  exatamente o que ele havia me adiantado, mastectomia e quimios. Me explicaram que é começo, que nas estatísticas as chances de cura são imensas, e enfim, como diz meu marido: Das noticias ruins, a gente recebeu as menos piores! Como seria feita a cirurgia, me pediram mais dois exames pré operatório: Cintilografia óssea, que é mega tranquilo de fazer e a mamografia, vou ter que falar, as mulheres tem um pouco de medo de fazer, pois, algumas comentam que sentem um desconforto na realização do exame. Posso assegurar que é muito tranquilo, não senti desconforto no procedimento na mama que está ok (kkkk). Na mama que tem os nódulos, senti um desconforto, suportável é claro, falei uns “au”, “oxi”, mas confesso, não conseguia parar de pensar na seguinte situação... Sabe quando alguém está saindo de uma loja, e “pagam” aquele mico terrível de bater o rosto na porta de vidro por estarem distraídas? . Para quem vê de fora, o rosto foi esmagado no vidro, fica a marca da testa, do nariz no vidro (kkkkk). Pois bem,  já vi isso acontecer várias vezes, trabalhei em loja que tinha as tais portas de vidro... Então essa cena não saía da minha cabeça, pois, achei que é meio parecido o que o tal aparelho faz na mama. Saí rindo de dentro da sala de exames.
Alguns dias depois, voltei para saber os resultados, e os doutores decidiram fazer uma  inversão na ordem dos procedimentos baseado no resultado da mamografia. Não agravou minha situação, nem houve evolução no quadro, apenas visualizaram que está muito perto da pele. E pela minha idade,  por precisarem poupar o máximo de pele para a reconstrução da mama,  os médicos acharam que seria melhor fazer 8 aplicações (quimioterapia) para depois ser feita a minha cirurgia. Aqui para nós, amei essa inversão, era exatamente o que esperava.
Inicio as aplicações no dia 20 de maio. Será feita a cada 20 dias. Calculo, que se tudo correr bem, em novembro estarei fazendo a cirurgia. Tem um prazo para ser feita, eles não fazem antes de completar 20 dias da última quimio e não deixam passar 35 dias.  Depois mais 25 sessões de radioterapia. Ufa, quanta coisa, né... Mas, se é o que temos para hoje, simbora.
A minha quimio será a que cai o cabelo. Se me perguntarem se estou preocupada com isso, a resposta será NÃO. Usarei meu lenços, toucas e quando estiver bem “Animadona”, sairei careca. Não vou deixar de ser “eu” por uma condição passageira na minha vida, meu cabelo, vai nascer de novo, mas as atitudes que eu tiver hoje, determinarão o meu futuro na luta contra minha condição.
Continuarei me arrumando, maquiando, saindo, indo fazer as coisas que sempre fiz, vivendo cada dia da melhor maneira possível.
Até o próximo post.

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